No setor da construção civil, os ciclos são, por natureza, muito longos, pois o prazo entre a concepção e a operação de uma obra construída é de vários anos. Incorporar uma tecnologia requer um nível de maturidade que as empresas ainda não têm (de acordo com pesquisa realizada pelo BIM Fórum Brasil). Inclusive, essas dores foram identificadas pela própria equipe dentro dos processos de trabalho. Já existe um consenso sobre as vantagens da metodologia BIM; por isso, o governo federal lançou a Lei 14.133, que obriga o uso do BIM em todas as licitações de obras e projetos, e foi lançado o Decreto 10.306, que exige o uso gradativo do BIM até 2028. Esse movimento já reflete no mercado, como mostra uma análise realizada no Portal Nacional de Contratações Públicas, que evidencia o crescimento exponencial na quantidade e nos valores das licitações públicas que utilizam o BIM entre 2021 e 2024. Porém, a adoção da metodologia BIM representa um desafio, pois sua gestão é mais complexa do que a atualmente realizada por empresas privadas e instituições públicas na contratação e elaboração dos projetos usuais para obras civis. A existência de dificuldades na implementação do BIM foi confirmada por meio de questionários aplicados na fase de pesquisa de mercado feita pelos integrantes da equipe. Dessa forma, a principal dor que o ARANDU I PLATAFORMA DE GESTÃO EM BIM pretende solucionar é a falta de maturidade em BIM (organização e padronização de processos BIM) das empresas em relação à necessária definição de requisitos mínimos desejáveis nas contratações em BIM, com o objetivo de garantir maior qualidade dos entregáveis do mercado de Arquitetura, Engenharia e Construção – AEC, seja para a administração pública ou para a iniciativa privada.